sábado, 5 de maio de 2012

A Medida do Amor.


Hoje quero muito mais o amor, mas não o aquele que me impõem cheio de regras, de sacrifícios em vão.sacrifícios sem valer a pena ou de dar nada e receber tudo. Não quero o amor de hoje, cheio de normas e que é muito complexo. Não, eu não quero este amor mundano, este amor que é preciso provar inúmeras vezes e, ainda assim ter dúvidas quanto ao mesmo.
Não quero uma paixão, que só nos gera desejos minúsculos e fúteis. Não quero um amor platônico, nem um amor racional, não quero um amor melancólico, não estes amores.
Não quero ser amado assim, não quero ser desejado assim, não quero!
Não quero o amor hipócrita que mal se ama realmente, fingido.
Não quero o amor poético, que é patético, mal vivido, não, eu não sei viver este amor.
Não quero o amor social, aquele que serei amado pelo que tenho.
Não quero o amor do “Eu te amo, você sabe”, pois eu não sei.
Não quero o amor do “Eu também”, “também” o que?
Não quero o amor longínquo, que de tão longe é impossível amar.
Não quero o amor solitário, que me fará amar só, pois só não se ama.
Não quero estes amores mundanos, não quero.
Quero um Amor duradouro, quero para a vida inteira. Amor que entre estes vinte e poucos anos senti somente de algumas pessoas.
Quero um amor sólido, palpável, cheio de vida e que me faça viver.  Afinal, não sou um espantalho ou qualquer algo imóvel. Sou gente, pessoa. Sou homem e garoto sedento por amor.
Então me apresenta, mundo, este amor, o amor que tanto quero e que me destes pouquíssimas vezes.
Mundo? Ainda está aí? Podes me responder? Claro que não podes me responder, pois não tem este amor. Duvido até tenhas me dado aquele amor vivido pouquíssimas vezes, afinal não serias capaz.
Não seria capaz nem em um bilhão de anos me dar o amor de meus avós, dos meus pais e irmãos. O amor simples, sem precisar forçar as pessoas a acreditarem, o amor de poucas palavras e mais atitudes. O amor simples que viveu e vive em mim do verão ao inverno, de ano após ano, mesmo não estando estas pessoas mais aqui.
Me desculpa, Mundo, mas você não será capaz, nunca será capaz, pois jamais sentiu um amor assim: lindo, simples, um amor duradouro.

                                                                                                       Douglas Machado.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Olhos Verdes.

Seus olhos verdes me lembram o riacho que desce da nascente da serra, consigo ver os peixes em alvoroço e descontrole, beliscando a água, tentando abraçar um inseto ou outro.
A calma que trás é impar, única. Meu coração bate entusiasmado com o por do sol, o sol, travesso sol, que toca a água esquentando- á, que agradecida, caminha lentamente rumo ao mar. Fico ali ate enxergar uma ou duas estrelas, fico ali ate vim um piscar olhos voltou a mim, as risadas tomam conta de sua face, enquanto a minha fica corada de vergonha.

Pode me olhar nos olhos se quiser – diz ela em risos meigos.
Então eu disparo a dizer, a dizer que: Seus olhos não me lembram apenas o riacho, mais que isso ele me possibilita ver sua doce, meiga e suave alma, suave como o vento da montanha.

Lembra da montanha em que ficávamos deitados na grama, e olhávamos para o céu, céu este cheio que nuvens, que nos convidava a descobrir suas formas, ali passaram as horas neste embalo, e eu não me preocupava, pois sua mão acariciava meu rosto, ali via seus olhos verdes, e me sentia feliz, cadê a tristeza? Nunca mais a vi, foi se embora a tempos, com medo de morrer só, a tristeza achou a ternura e compôs junto com ela, a felicidade, eu fico ali deitado sonhando com teus lábios, sonhando com teus cabelos lisos, fico ali deitado de olhos fechados me sentindo amado.

Será que isso é amor? É talvez seja mesmo amor.

Autor: Douglas Machado

segunda-feira, 14 de março de 2011

O Ideal para qualquer poeta seja ele profissional ou amador seria escrever sobre uma vida, uma vida simples e tranqüila em uma pacata cidadezinha, talvez uma história como esta:

São cinco da manha e o sol aproveita seus últimos minutos de sono. Mas ali naquele boteco já chega os primeiros fregueses.

Bom dia seu Joaquim. – Disse Firmino acompanhado por João, oliveira e José.

Bom dia! O de sempre? - Diz Joaquim, o dono do bar. 

“Joaquim era filho de um português e uma judia e tinha um forte sotaque português, ele era um ser grande, gordo, calvo em cima da cabeça e de bigode grosso que praticamente tampava seu nariz de judeu, Sr. Joaquim era uma pessoa boa e de um coração enorme. É também o personagem principal desta história”

Sim senhor.  – disse o bando.

Sr. Joaquim sempre eficiente encheu os copos e cortou com a faca fatias grossas do salame de rolo, todos juntos incluindo Sr. Joaquim cumpriram o ritual, tomaram a cachaça e mordiscaram o salame enquanto os primeiros raios de sol entravam por uma janela lateral empoeirada, espreguiçando se entre as prateleiras de latarias.

O bar do seu Joaquim ficava na esquina de uma das principais ruas, em frente a uma igrejinha, ali era o ponto de encontro dos trabalhadores rurais, advogados e doutores, era um boteco antigo e muito conhecido, dizem até que o bar abrigou Don Pedro I e outras pessoas importantes.
Na calçada ainda havia as argolas que outrora eram usadas para amarrar os cavalos, era um boteco pequeno aconchegante e cheio de historias.

Sr. Joaquim abria todos os dias, menos nos dias de domingo, pois ele sempre dizia: “domingo e o dia do SENHOR”.  Sr. Joaquim como sempre levantava, lavava o rosto e ia para cozinha, Ali ele sentava e tomava seu café Preto, escaldante e forte como gostava, então saia com a mulher para irem à missa. A missa para Sr. Joaquim era sagrada, ele doava o dizimo ouvia o evangelho e comungava, se tivesse um domingo que ele não ia, era porque tava muito doente, sua filha Marília vivia brincando com ele em relação à missa, Marília tinha 18 anos, olhos claros, pele branca como açúcar e um sorriso largo.

Rapidamente acabava se o domingo, e Sr. Joaquim sorridente e alegre, abria seu boteco para mais um dia, para mais uma semana.

E assim seguia a vida do Sr. Joaquim, um Senhor simpático, alegre, que vive a vida de maneira simples, mas feliz, um homem, um personagem, que tenho certeza que ira rondar meus sonhos, Afinal se é ideal escrever sobre ele, seria ideal ele ter uma parte de mim.




Autor: Douglas Machado

A Moça do tempo.

 - Tchau! Boa Noite.
Assim ela se despediu.
Fria e seca. Um ultimo cumprimento insólito e mecanizado, sem nenhum sentimento.
Apenas isso que me ofereceu.
Desejei impedi-la. Não adiantou.
Mesmo que meus sentimentos fossem os mais puros e sinceros,
Ela se foi.
Talvez fosse menos doloroso,


Se minha companhia fosse mais que um sofá e uma ardente xícara de chá verde.
Sim, eu o sofá e uma xícara de chá verde, ah claro e o tempo chuvoso La fora.
O consolo que me restava era pensar que ela sempre fazia isto,
E depois voltava, dia após dia.
Mas, será?
Talvez ela volte amanhã, ou não.
Esse meu pessimismo...
Ah! Quer saber?
Parei de pensar nisso. É! Parei.
Se ela voltar, voltou. E pronto.
Minha parte farei, como sempre.
Todos os dias, de 19h30min ás 20h00min, no Canal 12.
E, no mesmo sofá, vou esperar, afinal de contas talvez amanhã ela pelo menos me diga
 que não irá chover.
Falar nisso, cadê o controle!




Autor: Douglas Machado.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Gabriela

Texto feito para o aniversario da Gabi, Parabens Gabi que Deus te ilumine e te Proteja sempre. Beijos e Feliz Aniversário.

Ali estava ela, linda, deslumbrante e como sempre sorridente, e cá estava eu a rabiscar um pouco de sentimento em um papel de pão já amassado.

Era um dia nublado, com neblina, gélido, triste e o sol nem havia dado sinal de vida, tudo era fora do compasso, o vento que rachava os meus lábios era o mesmo que balançava seus cabelos negros, sua pele suave e delicada levava a cor parda, seus olhos negros como o céu sem estrela lia um livro, não distingui, mas sabia que era um bom livro.

Ali estava Gabriela, ali estava à mulher da minha vida indo embora, disseram-me que irá fazer medicina na capital a pedido do pai, e eu ficarei aqui no mesmo lugar escrevendo estas palavras e implorando para que alguém as compre e me de o almoço.
Meu pai sempre me dissera pra estudar, e eu sempre dizia: é bobeira vou é trabalhar! Desgraçado destino porque é sempre o meu inimigo? E tão covardes é que não aparece!
Nem ao menos me vem suas qualidade a cabeça para que eu escreva para ti Gabriela, meu coração esta em bloqueio pela tristeza, e ainda este apito do trem! Trem? Droga o trem chegou e não falei com ela.
O trem rangia as rodas em movimento avisando estar partindo, Beto corria ao lado do trem parecendo um bandido do velho oeste e gritava algo engasgado, enquanto isso Gabriela estava ali lendo sobre um amor platônico, em que o maior amor da vida de uma donzela corre contra o tempo para dizer que a ama. Mas espera esta historia se parecia muito com aquela, ah, destino como podes ser traiçoeiro.
Beto corre... corre e não consegue alcançar o trem, muito menos à atenção de Gabriela, ajoelhado ali ele via o trem partir ate ir sumindo naquela neblina, de repente um forte cutucão rasga seu peito e outro cutucão e outro, então...
Beto abre os olhos e vê seu pai ali com o nariz encostado ao seu, aiiiiiii grita de susto, o que faz aqui pai?
Calmo Beto veio só avisar que a Gabriela esta lá embaixo, disse que queria falar com você sobre um poema que ficou de fazer, o que falo pra ela?
Ah sim, diga que o poema dela esta sendo transcrito para o papel neste momento... O pai, diz também que o senhor mudou o final do poema ao me acordar...  – o que? Pergunta o pai.
- Nada apenas diz que estou descendo.



Beto correu... Correu e alcançou o trem, entrou puxou Gabriela lhe deu um doce beijo e disse, eu te amo, sei que não posso ir com você nesta viagem, mas você pode ficar aqui comigo, o que me diz?

Gabriela retribuindo o beijo diz: respondeu sua pergunta?


                                                                                             Fim.

                                                                                                                            Beto 12/11/1876




Autor: Douglas Machado.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Escrevendo histórias.

"Somos todos Josés e Marias". Dedicado ao Matheus que sempre faz o trabalho árduo de corrigir a ortografia de minhas escritas, e a todos os Josés e Marias que escrevem suas vidas com sinceridade e alegria. (Rima inesperada essa) Até a próxima.
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Se estiveres lendo tais palavras é porque já não me amas mais e eu não mais a você. Mas em respeito ao nosso extinto amor, quero que saiba de algumas coisas!
Nunca lhe disse “te amo” por medo de desgastar, nunca lhe abracei temendo o fim do abraço, nunca lhe beijei esperando o momento ideal. Dei seu nome a uma estrela que espreita a janela do meu quarto, plantei rosas em meu jardim para lhe dar. Nunca comprei rosas por não conterem meus sentimentos, das rosas cuidei e agüei, mas hoje morrem suas pétalas, por não haver ninguém para presentear o inverno se torna devastador.
Os pássaros costumavam cantar enquanto eu passava o café numa manhãzinha fria e chuvosa.
Saiba que essas palavras foram feitas em meio a goles de um café quente. Um café amargo e quente.
No fogão os estalos da madeira queimando são tristes, o leite ferve no caldeirão e forma uma espessa camada de nata, odeio nata.
Já é hora de sair, preciso abrir a venda, pois já se vão às horas.

O pobre rapaz passa pelas esquinas alienado, os carros e carroças e também as bicicletas, se desviam daquele pobre pecador. Enfim chega-se a venda, graças a Deus, vivo.
É engraçado como a porta range, sabe ela me lembra de você quando vinha comprar pão, logo pela primeira hora da manha.
Mas onde estaria você agora? Aqui a cidade fica cada dia menor sem aquele amor.
Ajeita-se em meio às prateleiras, sujas com farinha de trigo que caía do saco. Minuto a minuto chega os fregueses, que pediam sempre a mesma combinação, uma dose de cachaça e um pedaço gordo de salame, cortado à faca, alguns se arriscavam no copo quente de café com pão e manteiga, ali ficava ate às seis, de conversas, prosas, estórias...
Nnovamente esvazia-se o bar, todos foram para os trabalhos. Passa o pano no chão para amenizar o grosso barro trazido pelos fregueses. Naquele dia chuvoso, desanimado, José ajeita os pães e novamente anseia o fim daquele dia dolorido sem Maria.
Trim! Trim! Tocaram o sino, corre para atender, José, o freguês esta ali!
- Pois não senhora? Pergunta ainda ajoelhado.
- Eu queria saber onde esta o José?
- José sou eu, pois não?
Um longo momento de silencio.
- M... Ma... Maria?
Sim era Maria que voltara para seu grande amor, e dizia sentir saudades, e dizia querer abraços, rosas e beijos. Dizia que amava, e jurava por Deus em todas essas confissões.
- Mas como você sabe Maria?
- José, acho que deixou cair isso.
Lá está o sujo bilhete e ali estava um recomeço, o recomeço de um amor.
Agora José acorda cedo com um bom e gostoso copo de café, dá bom dia à sua amada que agoa as plantas e cuida dos pássaros. José sempre diz ao começo do dia que a ama e nunca deixa de beijá-la e abraçá-la e, em toda noite, antes de dormir, os dois, juntamente com os filhos, contam esta estória olhando para a estrela de Maria no céu do quintal.
Acho que sou como José, talvez ela como Maria, ou melhor, somos todos Josés e Marias. Nem sempre com um final feliz, mas batalhando a cada momento para recomeçar.

Douglas Machado.

Não posso mais viver sem ti.

Eita interior, onde a cidade é pequenina, e as pessoas se ligam pela sinceridade de um sorriso. Pois bem dedico a todos da minha querida cidade Passos-MG, que cresce a cada dia, sem perder o brilho da simplicidade.

Que saudade amor, volta logo pro meu coração

Que viagem demorada que foi essa, tanta solidão

Volte e traga contigo minha vida, imploro-te

Preciso de você aqui, é a mais pura verdade.

A horta já não tem flores, nem frutas

Não tem legumes, nem mudas.

Não sei o que faço, o gado emagreceu,

As galinhas e o mocho morreu

Sem amor tudo por aqui para, ate meu coração.

Sem amor este pedaço de terra desaparece,

Volta, volta logo. Esta é a minha prece.

Juro que não sou o mesmo, pergunta pro Zé

Nem vou mais na venda dele beber o famoso mé,

Larguei o fumo, por conta do cê.

Pois a Maria a macumbeira, disse que cê ia aparecê

Por isso escrevo essa carta, com esperança

De que cê volte e trais as criança

Pra este velho e pobre homem do campo.

Ass: José firmino silva reis.


Autor: Douglas Machado.